segunda-feira, 9 de maio de 2011

Técnicas para Poupar Mais

Para Aplicar Já

- Quando forem comprar algo, tentem calcular o número de horas que vão ter de trabalhar para o pagar.   
Pode ajudar a perceber se realmente compensa fazer aquela despesa.
 
- Invistam no vosso desenvolvimento pessoas.
O crescimento financeiro, é normalmente acompanhado pela nossa evolução pessoal
 
- Não comprem uma casa que custe mais do que três vezes o salário bruto anual do vosso agregado familiar.
 
- Evitem ao máximo a utilização das contas ordenado e dos cartões de crédito.
São mais uma forma de aceder ao crédito, com juros bastante elevados e que poderão facilmente fazer-vos perder o controle do dinheiro.
                                  
- Calculem o número de meses que podem estar sem trabalhar, mantendo a média das despesas.
Se for inferior a 6 meses, juntem dinheiro para tal numa conta poupança, que só deverá ser movimentada em caso de emergência.
 
Não contraíam dívidas que vos prendam ao trabalho.
No caso de acontecer algum imprevisto, não terão como pagar essas responsabilidades. Por outro, se só trabalham para pagar as despesas, já são reféns do trabalho e presos na RODA

Resumo da 1a Parte - Ideias Chave

Dinheiro = Energia Vital
O dinheiro estica e encolhe,  mas a nossa vida não. Assim, devemos todos tentar rentabilizar ao máximo o dinheiro que ganhamos, no mais curto espaço de tempo.
 
As nossas forças
O trabalho das nossas forças é contínuo e realizado ao longo de toda a vida. Descubram o vosso equilíbrio pessoal, o modo como são mais produtivos, aquilo de que mais gostam de fazer e como se podem diferenciar no vosso local de trabalho.

Trabalhem para aprender, não trabalhem por dinheiro
O mais importante de tudo, nos 45 anos de trabalho que todos nós teremos pela frente, é fazer algo de que gostemos, algo que nos desenvolva e nos faça acordar todos os dias de manhã, cheios de energia. Desta forma, o dinheiro entrará naturalmente nas nossas vidas.
 
Procurem negócios
Em vez de passarem toda a vossa vida como trabalhadores dependentes, pensem em negócios de que possam ser donos, sendo o trabalho ou emprego de outrem.

Dicas para poupar - SUPERMERCADO

Não Tomar decisões de compra no Supermercado
Antes de ir às compras, sente-se com a família e faça uma lista de compras. Quando entrar dentro da superfície comercial terá de saber exactamente o que pretende adquirir, evitando levar para casa o que não precisa, apenas porque foi seduzido pelas técnicas de marketing.
 
Use os Cartões de Fidelização
Se a superfície comercial perto de sua casa, ou onde habitualmente faz as suas compras, tiver programas de fidelização, como cartões de desconto, deverá informar-se de forma a saber utilizá-los. Muitas vezes, é possível acumular pontos que dão descontos em compras futuras ou permitem ter promoções cruzadas, como por exemplo descontos em combustível.
 
Cesto em vês de Carrinho
Por ter menos espaço para armazenar compras, torna-se mais difícil enche-lo com artigos que não necessita.
 
Deixar as Crianças em Casa
Levar os filhos para o supermercado é sinónimo de aumento da despesa, pois estes dificilmente conseguem resistir aos doces ou brinquedos e conseguem manipular os pais a fazerem-lhe as vontades. O ideal será combinar com o seu parceiro/a e revezarem-se na hora de ir às compras. Numa semana vai um e o outro fica a tomar conta dos filhos, na outra semana o inverso.
 
Fuja dos Pré-preparados ou Embalados
Com o objectivo de facilitar a vida aos consumidores, muitas marcas concebem alimentos prontos a comer - refeições, molhos, sopas, entre outros. No entanto, a rapidez e a facilidade de comprar refeições já prontas, são inimigas da carteira.
Adquirir produtos embalados e preparados sai mais caro do que comprar a granel e depois confecciona-los em casa. E, claro, a sua saúde também sai a ganhar.
 
Não ir às compras com Fome
De certeza que já ouviu isto muitas vezes, mas a realidade é que se o seu estômago estiver a "dar horas" quando estiver no supermercado, a tentação de ir às prateleiras dos alimentos já prontos, ou de perder a cabeça com um doce caro, é maior.
Portanto, coma sempre alguma coisa antes de entrar num supermercado para fazer compras.
 
Aproveite as promoções
Sempre que o artigo em promoção não for perecível e for de 1ª necessidade, não hesite em aderir às promoções de pague um e leve dois. Mas certifique-se que a oferta corresponde à verdade. Entram nesta categoria: Detergentes, papel higiénico, produtos de higiene pessoal, de limpeza, entre outros.







Adaptado de Expresso 7/5/11

quarta-feira, 4 de maio de 2011

FORMAS DE ENDIVIDAMENTO - Parte II

CARTÕES DE CRÉDITO
O uso dos cartões de crédito é hoje considerado uma das principais e maiores causas de endividamento das famílias, não só em Portugal, como em todo o mundo, pois o acesso a esta forma de financiamento esta cada vez mais facilitado, até mesmo junto dos jovens.

Se decidir usar este método de pagamento, sugiro que o faça apenas esporadicamente, para fazer face a uma emergência, ou quando está em viagem, ou ainda quando não tem à disposição outro meio de pagamento alternativo.
O segredo para controlar os saldos do Cartão de Crédito, é ter apenas um, com um plafond reduzido, escolher um que tenha uma taxa de juro razoável e fazer os pagamentos sempre na totalidade do valor das compras efectuadas, para assim evitar os juros que são bastante elevados.
Ao escolher o seu cartão de crédito, para além da taxa cobrada, deverá também considerar aqueles que lhe poderão proporcionar alguns benefícios pela sua utilização, nomeadamente a devolução de uma percentagem das compras efectuadas, a acumulação de milhas aéreas, ou ainda o diferimento do pagamento de uma compra para um mês depois, sem o pagamento de juros.

RECONCILIAÇÃO DE CRÉDITOS
São cada vez mas as empresas no mercado, a oferecer este produto. Com o crescimento do endividamento das famílias, devido à proliferação de vários tipos de créditos, a Reconciliação de Crédito, vem propor a juntar todas as prestações numa só, diminuindo assim o valor total a pagar todos os meses.
Aparentemente esta é uma boa solução e para algumas famílias vai contribuir para aumentar a margem de manobra dos seus orçamentos apertados. Mas esta solução só deve ser utilizada em ultimo recurso, pois para que a valor a pagar todos os meses diminua, o tempo que vamos pagar esse crédito irá aumentar significativamente.

Estes casos são o exemplo  da situação que devemos evitar - a RODA - em que nos limitamos a trabalhar arduamente todos os meses, para pagar as nossas dividas, sem termos qualquer capacidade de poupar.

CRÉDITO HABITAÇÃO
A grande maioria dos portugueses vive em casa própria e uma das maiores fatias do orçamento familiar é para pagar o empréstimo à habitação. Por causa de valorizações sucessivas dos imóveis num passado recente, costuma-se dizer que a compra de casa é um bom investimento, logo o empréstimo para a sua compra trás mais benefícios, do que inconvenientes e que estamos a pagar todos os meses uma mensalidade, para algo que um dia vai ser nosso. É curioso ouvir a defesa destes argumentos que pressupõem um planeamento a 30, 40, ou até mesmo 50 anos (duração mais comum do empréstimo habitação), quando a maior parte das pessoas não tem por hábito ou simplesmente não consegue planear a mais de 1, 3 ou 5 anos.

Quando for tomada a decisão de investir em habitação, deve ser ponderado arrendamento ou a compra. No caso de um jovem, que está a iniciar a sua vida profissional poderá não fazer sentido optar pela compra, pois irá criar algumas limitações de mobilidade, podendo condicionar o seu futuro profissional ou até mesmo financeiro.

A compra de uma casa tem também um conjunto de custos associados, que ultrapassam muitas vezes 5% do valor das casas, despesas essas às quais não conseguimos fugir, nomeadamente o Dossier Bancário, Registos, Imposto de Selo, IMT, Escritura. Para além destas despesas, temos também de contar com as despesas obrigatórias por sermos proprietários, das quais destaco o IMI e o condomínio.

Se vão mesmo optar pela compra de uma casa, deverão ter em atenção a vários aspectos, entre eles a localização, exposição solar, acessos, transportes públicos, escolas, se incidem penhoras sobre o imóvel.

Relativamente ao vosso desafogo financeiro, à uma regra simples e fácil de aplicar, quanto ao nível de endividamento:

- O empréstimo para a compra de casa não deve ser superior a 3 vezes o salário bruto anual da família

segunda-feira, 2 de maio de 2011

FORMAS DE ENDIVIDAMENTO - Parte I

AUTO-GRATIFICAÇÃO
Acredito que, actualmente umas das principais causas de endividamento das familias deve-se ao facto de as pessoas não saberem "atrasar a gratificação". Todos nós merecemos nos "MIMAR", dar prémios a nós próprios, como recompensa de algum objectivo alcançado. A compra de um novo carro, uma mota, uns sapatos, umas férias. O problema é que hoje em dia, as coisas inverteram-se e o que muitas vezes acontece é as pessoas quererem receber a recompesa antes de tempo e depois logo se vê.........!

Para isso não acontecer, teria sido necessário que alguém nos dissesse muitas vezes quando eramos novos: "Não tens dinheiro, não compras."

É fundamental sabermos aproveitar aquilo que temos e não comprarmos coisas que não precisamos realmente, bem como coisas para além das nossas possibilidades.
Esta forma de encarar a vida, irá poupar-nos muitas dores de cabeça e noites mal dormidas.

Ao comprarmos algo a pronto pagamento, quando o compramos é novo e esse bem dá-nos uma enorme satisfação pois trabalhámos arduamente para o adquirir.
Em oposição, ao comprarmos algo a crédito, esse objecto só será realmente nosso quando já estiver velho e nessa altura será necessário trocá-lo por outro e para isso iremos recorrer de novo ao crédito, repetindo o ciclo e aumentando a velocidade da nossa RODA.

CONTA ORDENADO
Uma outra grande armadilha do crédito é a utilização da conta ordenado. Muitas vezes a sua utilização está associada à negociação com o banco para outros produtos bancários, nomeadamente o crédito à habitação, em que o Banco propõe uma redução de spread se fizermos a domiciliação do vencimento.

A utilização deste "descoberto autorizado" é de evitar, pois é uma forma fácil de acesso ao creédito, rápidamente foge ao nosso controle e rápidamente deixamos de perceber que dinheiro estamos a utilizar, se o nosso, se o do banco, e por último as taxas de juro. Normalmente as taxas de juro cobradas pela utilização deste descoberto são bastantes elevadas.

Devemos aprender a gerir o nosso ordenado, disciplinando as nossas compras e gastos mensais, mediante o que realmente temos e não em função do que poderemos vir a ter.


CRÉDITO PESSOAL
Não sendo de tão fácil acesso, continua a ser relativamente fácil conseguir um crédito ao consumo para a compra de alguns bens (carro, TV LCD, mota, entre outros). Antes de tomar-mos esta decisão, há algumas questões que deveremos colocar a nós próprios (e porque não, à família também).

1 - Será que realmente necessito deste crédito?

Quando surge a tentação de possuir algo a solução passa por solicitar um empréstimo para o efeito. Basicamente se preciso de um carro vou pedir um crédito automóvel como se fosse a única solução para comprar carro.
Infelizmente o que os meios publicitários fazem é transmitir essa mensagem, pois não há anúncio de carro que não tenha solução de crédito associada.
Quem diz carro, diz outros bens de consumo e a verdade é que raras são as vezes que nos questionamos se realmente é necessário o crédito para adquiri tal bem.
É hora de colocar tudo em cima da mesa e verificar se o bem que pretende adquirir é útil e necessário para o bem estar da família e, a mais importante de todas, existem alternativas ao crédito.

2 - Tenho alternativas a este crédito?

É sempre preferível tentar encontrar soluções que evitem o recurso ao crédito. Se o que vai adquirir é extremamente necessário, então pode ser altura de utilizar o seu fundo de emergência ou aquelas poupanças que possui no banco.
Sei que é difícil tomar esta decisão mas, no caso de existência de juros a pagar, duvido que os juros que recebe das suas poupanças sejam superiores aos juros que irá pagar no crédito.
É claro que nem todos temos poupanças e que muitos de nós ainda não descobriu o verdadeiro valor de possuir um fundo de emergência. Nestes casos, pouco nos resta senão mesmo recorrer a familiares para evitar o crédito. É uma decisão igualmente difícil de tomar, mas quando o valor da compra é incontestável é mais fácil a família ajudar.
Aqui está um bom indicador se é realmente necessário a compra que pretende efectuar.

3 - Se o crédito for o único caminho, irá ajudar-me?

Um exemplo é um crédito para cuidados de saúde ou para educação dos filhos. Se todas as alternativas foram esgotadas e se for realmente necessário o crédito certamente terá uma importância enorme na condução do bem-estar, pelo que é indiscutível o seu valor e a ajuda que proporciona.

Todavia, para outras finalidades é necessário ponderar, como por exemplo, comprar um carro porque é extremamente necessário para o desempenho da sua actividade profissional ou comprar um carro porque o que possui está ultrapassado.

São dois créditos com a mesma finalidade que é a compra do carro, só que, enquanto a primeira razão o crédito o irá ajudar, na segunda irá ser mais um encargo no seu orçamento familiar.

4 - Tenho capacidade para pagar aquele crédito?

Regra geral, deixa-se esta decisão para o banco, ou seja, se o banco aprova o crédito é porque tenho capacidade de pagar.
Esta transferência de responsabilidade está errada, pois temos que ser nós a avaliar a nossa capacidade de pagar o crédito e a determinar todas as variáveis que poderão influenciar na nossa capacidade de pagar.
É certo que conhecer a nossa taxa de esforço nos ajudará, mas existe imensa informação que não deverá ser posta de lado, como por exemplo, existe risco de perder o emprego no decorrer do prazo do crédito, terei alguma despesa necessária que efectuar nos próximos tempos que influenciará a minha capacidade financeira, estou preparado para momentos difíceis, estou preparado para imprevistos, entre outros.

Como pode verificar o que ganho hoje não é suficiente para garantir as responsabilidades do futuro, tem que existir algo mais para que a garantia exista.


Adaptado de: "O seu primeiro milhão"

"Corrida de Ratos" - Fundamental Evitar

Este é um conceito, que aplicado ao dinheiro, transmite a analogia sobre as pessoas que vivem de ordenado em ordenado, limitando-se a trabalhar continuamente apenas para pagar as contas, assim como um rato a correr numa roda, que corre, corre, sem nunca sair do mesmo lugar.

Quando as nossas despesas são tantas, que o nosso ordenado desaparece assim que o recebemos, ou quando já temos de nos socorrer da Conta Ordenado, isso significa que já fomos apanhados nesta RODA.


É muito mais fácil cairmos nesta RODA, se não estivermos atentos e se não tivermos tomado medidas para a evitar.

Esta situação muitas das vezes acontece quando num determinado momento da nossa vida queremos mais bens materiais do que podemos pagar, ou quando temos determinado nível de vida e a vida dá uma volta e prega-nos uma partida, sem termos dinheiro de parte para nos salvaguardar dessa emergência.

Uma vez dentro desta RODA, torna-se muito difícil sair, quebrar o ciclo. Rapidamente começamos a ficar desmotivados e desmoralizados com o trabalho e com a vida,  com tantos problemas que vão surgindo.

Uma das melhores formas de evitar esta RODA, é estarmos conscientes da sua existência, bem como do que necessitamos de fazer para nunca lá entrarmos, pois uma vez lá dentro, teremos de fazer um enorme esforço e grandes sacrifícios, para de lá sair.

O termos um conhecimento consciente das principais formas de endividamento, principalmente as que nos conduzem para a RODA, são fundamentais para a melhoria da nossa qualidade de vida.


Adaptado de: "O seu primeiro milhão"